Interculturalidade e educação infantilreflexões sobre a prática pedagógica

  1. Melo, Alessandro de 1
  2. Ribeiro, Débora 2
  1. 1 Universidade Estadual do Centro-Oeste
    info

    Universidade Estadual do Centro-Oeste

    Guarapuava, Brasil

    ROR https://ror.org/03cxsty68

  2. 2 Universidade Estadual do Oeste do Paraná
    info

    Universidade Estadual do Oeste do Paraná

    Cascavel, Brasil

    ROR https://ror.org/05ne20t07

Zeitschrift:
Conjectura: filosofia e educação

ISSN: 0103-1457

Datum der Publikation: 2019

Nummer: 24

Art: Artikel

DOI: 10.18226/21784612.V24.E019039 DIALNET GOOGLE SCHOLAR

Andere Publikationen in: Conjectura: filosofia e educação

Zusammenfassung

Our objective with this article is to present the critical interculturality as a pedagogical tool that should be central in the constitution of the scenarios and contexts in Early Childhood Education. We use theoretical references from other scholars of interculturality and early childhood education, such as Candau (2016, 2008), Sarmento (2005), Walsh (2009, 2007), Tomazzeti (2004), Santiago, Akkeri and Marques (2013), among others. We situate Infant Education as a fundamental step in the ethical and intercultural formation of children, thinking about the social function of education as a training for democracy. The pedagogical work with cultural differences in Early Childhood Education is legally supported by the National Curriculum Guidelines for Early Childhood Education and other identity policies, such as Law n. 11.645 of 2008, which establishes the obligation to teach indigenous and Afro-Brazilian culture and history since Early Childhood Education. However, these laws are also confronted by neoliberal interests that invade educational policies. Given this, we present some possibilities and challenges for the construction of intercultural practices in this stage of schooling, we ask how pedagogical practices have been developed in Infant Education, in the sense of monoculture or interculturality? Has the pedagogical work in Infant Education been oriented by the diversity and difference in the structuring of curricula and practices? How has this work been going on? In the sense of homogenization, of monoculturality, or in the critical sense of considering differences as pedagogical advantage? As a conclusion, we point out that one of the main challenges of education today is to construct practices and contexts that treat the differences from a political, aiming at building a more democratic society, considering the right to difference. Building intercultural practices in early childhood education means giving up the monoculture of knowledge, of homogenization in favor of heterogeneity, of epistemicide by the construction of other alternatives of thought. (SANTOS, 2010).

Bibliographische Referenzen

  • ARROYO, Miguel. Os movimentos sociais e a construção de outros currículos. Educar em Revista, Curitiba, n. 55, jan./mar. 2015.
  • BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: Ministério da Educação, 2009.
  • BRASIL. (2008). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal.
  • BRASIL. (1996). Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Diário Oficial da União.
  • BRASIL. (1990). Lei n. 8.069, de 13 julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília: Diário Oficial da União.
  • CANDAU, Vera Maria. Cotidiano escolar e práticas interculturais. Cadernos de Pesquisa, v. 46, n. 161, jul./set. 2016.
  • CANDAU, Vera Maria. Multiculturalismo e educação: desafios para a prática pedagógica. In: MOREIRA, Antonio Flávio; CANDAU, Vera Maria F. (Orgs.). Multiculturalismo: diferenças culturais e práticas pedagógicas. 2 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2008, p. 13-37.
  • CAVALHERIO, Eliane dos Santos. Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil. 6 ed. São Paulo: Contexto, 2010.
  • DUSCHATZKY, Silvia; SKLIAR, Carlos. Os nomes dos outros: reflexões sobre os usos escolares da diversidade. Educação & Realidade, v. 25, n. 2, jul./dez. 2000.
  • FINCO, Daniela. Campos de experiência educativa e programação pedagógica na escola da infância. In: FINCO, Daniela; BARBOSA, Maria Carmen Silveira; FARIA, Ana Lúcia Goulart de. (Orgs.). Campos de experiência na escola da infância: contribuições italianas para inventar um currículo de educação infantil brasileiro. Campinas, SP: Edições Leitura Crítica, 2015, p. 233-246.
  • GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: diversidade e currículo. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2007.
  • KLIPPEL, Sandra Regina; WITTMAN, Lauro Carlos. A prática da gestão democrática no ambiente escolar. Curitiba: InterSaberes, 2012.
  • MIGNOLO, Walter. La colonialidad a lo largo y lo ancho: el hemisferio occidental en el horizonte colonial de la modernidad. In: LANDER, E. (Org.). La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000, p. 56-85.
  • PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São Paulo: Ática, 2007.
  • RIBEIRO, Débora; DOMINICO, Eliane. “Vamos brincar de índio?”: Análise decolonial do Dia do Índio na Educação Infantil. In: DICKMANN, Ivanio (Org.). DNA Educação. v. 2. São Paulo: Dialogar, 2018.
  • SANTIAGO, Mylene Cristina; AKKARI, Abdeljalil; MARQUES, Luciana Pacheco. Educação Intercultural: desafios e possibilidades. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.
  • SARMENTO, Manuel Jacinto. Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Rev. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 91, maio/ago. 2005
  • SARMENTO, Manuel Jacinto; Pinto, Manuel. (1997). As crianças e a infância: definindo conceitos, delimitando o campo. In: _____. As crianças: contextos e identidades. Braga: Universidade do Minho, 1997, p. 7-30.
  • SOUSA SANTOS, Boaventura de. Descolonizar el saber, reinventar el poder. Uruguay, Montevideo: Ediciones Trilce, 2010.
  • TOMAZZETI, Cleonice Maria. Pedagogia e infância na perspectiva intercultural: implicações para a formação de professores. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004.
  • VEIGA, Ilma Passos A.; SILVA, Edileuza Fernandes da (Orgs.). A escola mudou. Que mude a formação de professores! Campinas, SP: Papirus, 2010.
  • WALSH, Catherine. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009. p. 12-43.
  • WALSH, Catherine. Interculturalidad y colonialidad del poder. Un pensamiento y posicionamiento “otro” desde la diferencia colonial. In: CASTRO-GÓMEZ, S.; GROSFOGUEL, R. (Org.). El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica mas allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, 2007, p. 47-63.